sábado, 24 de agosto de 2013

Praga


Praga, que infesta e destrói
Se alimenta e corrói
Faria outra rima, mas me faltam palavras
Até disso ela se alimentou
Faria sentido, mas me falta a graça
Eu dei um tempo, dei um sonho, e tudo mais
Não deveria reclamar agora de ficar sem nada
Tu te tornas eternamente responsável pelo aquilo que esconde
Todo o resto vai embora.
Talvez eu também devesse ir.
Para República Checa.
A capital.
Praga

sábado, 10 de agosto de 2013

Apenas eu mesmo



Nada no lugar
Nem na minha estante, e quem dirá na minha mente.
Bagunça, solidão, confusão.
Pedaços de você que consegui guardar.

E onde estão?
Aqueles que disseram que seria para sempre
E para onde irão?
Se já não estão mais aqui

Eu procurei me manter afastado
Mas tudo me lembra de você
Eu tentei não ser tão errado
Mas não faço mais do que escrever

Ouvi dizer que o tempo poderia curar
Mas o tempo é infinito, e a dor parece ser também.
Talvez eu seja louco mesmo.
Ou então a trama está bem armada

Qual é o valor da tristeza?
Porque insistem tanto em me vendê-la?
Todos vão embora sem se despedir
Todos vão embora sem eu pedir.

Apenas quebrado
Perdido
Insano
Inconsequente
Indevido
Imperdoável
Solitário
Apenas eu mesmo.




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Entre um e um milhão


Um ou dois passos para o Céu
Transcendendo o contínuo espaço do tempo
Limitando o belo, divagando o pleno
Controlando mentes de um mundo pequeno.

 Limites entre o certo e o errado
Afaga-te a cabeça a morte
Buscando a sua alma em pequenos pedaços
Espalhados pelo chão entre troços e traços.

Quisera abranger milhões em uma linha
Abraçar a todos em um segundo
Ficar com apenas uma em toda a vida.

Seguindo o rumo dessa vida
Torno-me apenas um, e assim sozinho,
Vivo uma pequena e fatídica rotina.